terça-feira, 13 de novembro de 2007

Eternal Sunshine of the Spotless Mind



É impossível acabar de ver este filme e não ficar blue... mas tão blue. A história é simplesmente espetacular. Um homem conhece uma mulher... têm um 1º encontro fantástico. Um 2º ainda melhor. E depois vemos o que realmente se passou. Basicamente, existe um médico que consegue apagar memórias de outras pessoas. E eles os dois submeteram-se a esse processo, porque enquanto casal eram muito diferentes um do outro e a relação não estava bem.
Durante o processo de "apagamento", o homem apercebe-se que apesar de todas aquelas coisas que odiava nela, havia muitas mais que amava. Decide por força tentar salvá-las. Então começa a esconder as memórias da sua mulher entre as memórias mais reservadsa que tem, de maneira a conseguir guardá-las. Aqui o filme torna-se um pouco chato, apesar de a realização estar espetacular com angulos de camara brutais e passagens ainda melhores.
No final, tudo descamba. Devido a factos que não irei revelar, a secretária do médico envia para todos os pacientes as suas cassetes em que descrevem o que sentiam pela pessoa que tentavam por força esquecer.
E de repente, temos um casal que acabou de se conhecer, que se ama, que sabe que vai caminhar para um sitio em que nem tudo são rosas... e limitam-se a faze-lo.

Pode parecer estupido, mas aqui está o que eu achei ser o ponto genial do filme (se calhar estou errado, mas pareceu-me ser este): na sua luta para manter as suas memórias, o homem marca um "encontro" com a mulher das suas memórias numa praia. Na vida real, a mulher também comparece a esse "encontro". Se calhar, as pessoas menos atentas diriam: "ah ganda tanga... tão o gajo combina com a imaginação dele e ela aparece?!?". Eu interpretei de maneia diferente. Também ela se arrependeu do processo e também ela tentou procurar um sitio onde o procurar mais tarde.

O filme acaba por ser um ensaio sobre as relações que acabam porque as pessoas são diferentes, e acham que não há futuro. Estando tão concentradas no futuro e no "depois", esquecem-se que o que os levou a ainda estarem juntos é exactamente gostarem dessa diferença. É algo que nem sempre se consegue por em palavras, e muito menos num filme, mas este consegue-o na perfeição... não conseguimos deixar de nos sentir humanos no final.

8 em 10 pela parte do meio que é chata... inicio e final são muito bons. Recomendo para quem tenha paciencia e esteja curioso de se por à prova.

3 comentários:

Sara SC disse...

Bem...contagiaste-me com esta descrição!!
Agora fiquei curiosa em ver o filme...vou registar :)
E sim, às vezes contagiamos a alegria do presente c a incerteza do futuro!! (isto soa uma beca pindérico...LOL)

Anônimo disse...

Parte do meio é chata?! 8 em 10?! ai ai!!
(fico muito contente por estares a actualizar a tua cultura cinematográfica, só confirma a boa opinião que tenho de ti :p)

Rik disse...

Yup, há que aumentar a culturazinha geral... upa upa! :) Mas gostei imenso do final do filme.

Eu sei que a parte do meio serve para aprimorar a angústia. Talvez o meu cérebro tenha chegado ao ponto em que "Alright, we get it!!" :D