sábado, 10 de novembro de 2007

A Clockwork Orange



Vi finalmente este filme de culto! Fiquei com uma opinião dividida. Sofre um bocado da tentativa de nos anos 70 se fazerem filmes psicadélicos. A banda sonora é toda à base de musica clássica e de efeitos marados gerados com um sintetizador Moog. Weird.

O filme conta-nos a história de um rufia inglês, numa sociedade futurista (que pelos padrões de futurismo de hoje em dia, está completamente desadequada). Bebe leite misturado com droga num bar, e depois segue com o seu grupo de 3 companheiros pela noite a desancar, roubar e violar mulheres.
Acaba por matar uma mulher e ser traído pelos seus amigos, que o deixam à mercê da policia. É preso e concorre a um programa novo em que os prisioneiros são condicionados para terem reacções fisicas de nojo e desconforto quando na presença de violência, sexo e a 9º sinfonia de Bethoven.

Quando é libertado, é confrontado com todas as personagens com quem se cruzou na sua anterior vida. Todas elas sem excepção, o torturam na sua nova condição.

Conclusões que eu tirei do filme:

1 - Um padre brada "não podem retirar-lhe o poder da escolha" - um facto é mesmo esse... se não há poder de escolha, n há bem nem mal verdadeiros... sem escolha não podemos de maneira nenhuma classificar em uma dessas duas categorias as nossas acções

2 - Afinal de contas, todas as pessoas têm o seu lado mau... o poder de fazer algo a outra pessoa sem repercursões, leva algumas personagens a terem um comportamento quiçá tão mau como no dos piores dias da personagem principal

O filme é bom e extremamente original. Na minha opinião, a tentativa de dar um ar artistico à coisa torna o filme um bocado chato. Tinha bastante potencial narrativo, mas às vezes perde-se em manobras de destreza visual (o que me leva a suspeitar que o livro seja melhor!).

Pontos que adorei pela ironia da coisa: 9ª sintonia de Bethoven transformada em musica de tortura, Singing in the Rain usada como banda sonora de violação e espancamento!

Vou-lhe dar um 7 no IMDB... a história é interessante, mas parece que o realizador tentou fazer dela um aspecto secundário. No entanto, respect por fazer um filme com tanta nudez e violencia em 1971!!!! :D

4 comentários:

Anônimo disse...

UM 7?!? UM 7?!? VAI JÁ REVER O FILME!!! KUBRICK PROJECTOU A SUA GENIALIDADE NA REALIZAÇÃO DESSE FILME!!! :)

Rik disse...

Já sabia que ia ser um 7 polémico no minimo, mas olha :| foi o que eu achei. Sorry Miss Cinema ;)

Rita disse...

tmb acho o 7 injusto! eu dava 11!!! contextualizando a época em q foi feita o filme, a visão futurista era total/ adequada. acho o filme genial!

Anônimo disse...

Não estou a criticar o teu julgamento porque, certo ou errado, também tens direito a ele... tal como o Alex... Mas tens de ver que aquilo é uma interpretação do kubrick, e que as proezas visuais não eram para secundarizar a historia mas para enfatiza-la, e ao espirito do Alex (viva a direcção de actores).
De qualquer forma fico muito contente que tenhas gostado do black cat, white cat, outro filme genial!