quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Smarthome


(For the Portuguese crowd)
Há uns anos (penso que em 2006), um dos meus grandes amigos mudou-se para a Suiça. Uma das primeiras coisas que me disse de lá foi "Ricardo, em Portugal constroi-se como na pré-história. As casas aqui são uma maravilha". A verdade é que, o tempo continua a passar, e a metodologia de construção portuguesa continua.
Esta empresa, SMARTHOME, vem combater o marasmo da construção civil portuguesa. Os objectivos estão lá no site, mas para resumir, o que me parece ser o seu grande objectivo é automação da casa. Como está sublinhado e bem no site, ter uma casa inteligente não é ter estores eléctricos, é tê-los e não ter que ir lá carregar no botão, tratando a casa da gestão de temperatura e luminosidade. E isto é apenas um exemplo.
Voltando a 2006, participei num PT Challenge sobre a casa inteligente. Um dos pontos que focámos e que nos fez ficar com o 2º lugar foi a oportunidade de negócio existente na parte da construção, já que as casas de hoje não suportam sistemas inteligentes. Daí a necessidade de empresas como esta, que fazem a construção a pensar no futuro e não somente no lucro por m2 de terreno!
Numa nota mais pessoal, já tive o privilégio de trabalhar com o Nelson Ramos, um dos membros da empresa. É sem duvida uma pessoa séria, de confiança, e empreendedora. Faz-me ter total fé na empresa e nas garantias que dão. Vão enfrentar um mercado em baixa, mas em vez de o tentarem conquistar, vão cavar para eles próprios um novo nicho. O da construção inteligente!

Força com isso!

Um comentário:

Vasco Névoa disse...

Mas mais importante do que a automatização ou domótica, é a construção em si.
Eu também tive essa experiência, na Finlândia e na Holanda. Lá, é possível ter uma vivenda com um vidro de parede a parede e do tecto até ao chão a substituir a parede principal da sala, e estando 0 graus lá fora a temperatura dentro de casa é sempre boa -- mesmo sem ligar aquecedores. Os materiais e a construção baseiam-se numa experiência completamente diferente da nossa, e isso nota-se.
E penso que é este o credo dos nossos amigos da "Smarthome": usar a cabeça e os conhecimentos disponíveis no mundo inteiro, em vez de seguir a fórmula nacional do costume.
Desejo o maior sucesso a este projecto.