quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Sweeney Todd



"At last - my arm is complete again!" é a frase que acompanha a imagem acima.

O que dizer sobre este musical... tentar separar pontos negativos de pontos positivos não funciona neste caso. No máximo conseguiria separar entre pontos bons e pontos muito bons.
Nota-se que a história de base é proveniente de um musical: poucas personagens, e todas elas com importância fundamental na história. Os cenários a la Tim Burton são como sempre excelentes, mas demorei algum tempo a habituar-me a certos planos bi-dimensionais que ao inicio pensei serem falha dos efeitos especiais, mas acabou por ser continuado ao longo de todo o filme obtendo assim um efeito que às vezes lembra o cenário de uma peça de teatro (o que me fez mais confusão foi o desembarque dos passageiros de um barco logo ao inicio do filme).

A história está muito bem contada, e bastante crua em certos momentos (degulações por exemplo... mas tenho q admitir que depois do Eastern Promieses, cenas destas com clean cuts de navalhas já não me fazem confusão). Todos os actores são excelentes, sem excepção!

O filme está nomeado para 3 Oscars:

Best Achievement in Art Direction
Dante Ferretti (art director)
Francesca Lo Schiavo (set decorator)

Best Achievement in Costume Design
Colleen Atwood

Best Performance by an Actor in a Leading Role
Johnny Depp

E bem lançado para conseguir os 3. "Porquê todo o alarido para o papel de Johnny Depp?" foi o que pensei durante os primeiros 5 minutos. Ao longo do filme percebi (ou pelo menos acho que sim): enquanto que os outros actores cantam, declamam, vivem a musica, Depp encarna a personagem tão bem que até enquanto canta parece desligado do mundo... o seu entusiasmo só volta quando discute planos de vingança ou quando tem alguém sentado na sua cadeira mecânica. Como tal, enquanto os outros actores parecem declamar de uma maneira teatral, Depp consegue transmitir a ideia de uma personagem que sente realmente o que está a cantar, como se estivessemos nós a invadir o seu dia-a-dia e não a assestir a um espectáculo.

Não será o melhor filme de sempre, mas acho que é obrigatório ver. Filmes obrigatórios levam 10 em 10 :)

4 comentários:

Pedro Sesinando disse...

isto de postar comentários em blogs não pode ser só para dizer bem.. aí vai a minha crítica.. tu dás bués 10 em 10! Acho que devias mudar a escala para 20 valores ou assim senão parece que tens um grau de exigência curto. Agora vou-me preparar para a famosa 'wrath of rik'!! i kid, i kid...

Pedro Sesinando disse...

Só para dizer que vi o filme e concordo com a tua apreciação. Eu só lhe ponho um senão: ao ínicio há demasiada cantoria. Especialmente com a personagem que está apaixonada pela Johanna. Mas isso sou eu que não gosto de musicais...

mouro disse...

epah ainda não vi o filme, mas qd o tim burton agarra no seu menino fetiche, geralmente o resultado é bombástico.

e a bonham carter, essa mulher fantástica com uma pinta noir ui ui!! nem sei como é que o tim burton a agarrou.

mouro disse...

pera lá, sr. pedro se não gosta de musicais devia ver o "Hair". esse sim, é um musical à maneira... ou o "jesus christ superstar". o judas é levado da breca.

são os dois musicais por excelência... pelo menos na minha humilde opinião!